14 de fev. de 2015

 GASTRONOMIA MOLECULAR

O que é?

Introdução

Criada em 1988 pelo físico Húngaro Nicholas Kurti (1908-1998)
 e o químico francês Hervé This, a Molecular Física e
Gastronomia (nome dado por Kurti em 1988, e rebatizado de
Gastronomia Molecular por Hervé This em 1998),
é uma disciplina cientifica que estuda,
 há mais de 20 anos, os fenômenos físico-químicos que ocorrem durante o ato de cozinhar.
 É centrada na compreensão racional e transformação dos métodos de cocção, de maneira a
garantir melhor qualidade nutricional, maior precisão nos gestos culinários
 e melhor sabor e novas texturas para os alimentos.
Definida por Hervé This como “A ciência que estuda as transformações e
 outros fenômenos culinários”, a Gastronomia Molecular não deve ser confundida
com a Cozinha Molecular, que diz respeito à aplicação das técnicas da Gastronomia Molecular.
Fundamentos da Gastronomia Molecular

A investigação dos provérbios culinários propostos pela gastronomia
 molecular, através da exploração laboratorial das receitas, 
assim como a introdução de novos equipamentos, ingredientes e métodos de cozinhar,
 possibilita- nos a precisão na criação de novos pratos, ou até mesmo 
justificarmos em um processo físico-químico, o porquê de velhas receitas 
consagradas como se fossem “mitos”, produzidas 
com empirismo e romantismo por nossas mães e avós. 
Apesar da eletrificação de vários gestos culinários, 
hoje desempenhados por batedeiras, liquidificadores, refrigeradores,
 Juicers, cafeteiras, amassadeiras e outros pequenos avanços nos
 últimos 100 anos, boa parte do conhecimento em que
 se baseava o cozinhar vinha-nos intacto da Idade Média.

De fato a gastronomia molecular responde a várias necessidades novas. 
A indústria da alimentação partiu dos conhecimentos tradicionais de cozinha, 
os reformulou e avançou, ao passo que a culinária doméstica, assim como 
a cozinha artesanal, ficaram apenas tendo a tradição como referência. 
Assim a gastronomia molecular rompe com essa dinâmica e implanta
 nesses seguimentos os mesmos procedimentos de indagações da indústria da alimentação.

As indústrias e restaurantes de hoje, procuram atender ao reclame 
de uma alimentação mais segura e saudável. Nesse caso, 
a gastronomia molecular pode contribuir muito com o processo de criação, 
através de metodologias precisas e entendimento dos processos de produção, 
sem sobrepor ao dom artístico e único de cada chef. Os restaurantes de hoje,
 assim como as indústrias alimentares, necessitam de investimentos em 
pesquisas e desenvolvimentos, para atender aos novos valores do 
público que privilegiam a “inovação”, o “inusitado” e a “surpresa” onde, antes, 
prevalecia a repetição monótona de um procedimento qualquer.

Desafiar os sentidos, maximizando sensações com a desconstrução e
 reconstrução de novas texturas em clássicos da culinária mundial, torna-se

totalmente viável e atrativo, utilizando-se como ferramenta 
principal a gastronomia molecular. Nos últimos anos, tem sido colocado ao
 alcance dos cozinheiros moleculares de todo o mundo uma incrível 
gama de produtos utilizados em grande escala pela indústria de alimentos, 
como hidrocoloides, enzimas, algas desidratadas e gelatinas, com o objetivo 
de facilitar e ampliar técnicas tão reverenciadas, como gelatinização, 
esferificação, construção de espumas e ares, texturização de lipídios, colagem de proteínas,
 dentre outros, que você começar a entender a partir
 de agora.

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